Ações preventivas diante da probabilidade de temporal

Para diminuir os riscos apresentados por uma tempestade e aumentar sua segurança, veja algumas recomendações úteis:

Acompanhe boletins meteorológicos pelos órgãos de imprensa;

Antes do temporal – limpe seu quintal recolhendo objetos soltos. Limpe e confira o telhado, calhas e tubos de descargas. Verifique seu para-raios. Recolha e proteja os animais;

Durante uma tempestade, fique onde estiver se for seguro. Não se abre janelas. Se possível, não saia de casa ou, se for o caso, vá para um local mais seguro. Desligue a tomada dos eletrodomésticos;

Evite usar telefone durante uma tempestade;

Se estiver dirigindo, pare num local livre de inundações, longe de redes elétricas, rios e locais de risco de deslizamentos;

Evite lugares que ofereçam pouca proteção contra raios e ventos fortes. Procure um abrigo seguro – longe de árvores;

Tenha cuidado com possíveis riscos oferecidos por árvores afetadas, redes rompidas e áreas inundadas;

Afasta-se das praias em caso de temporal com descarga de raios;

Nas estradas sob mau tempo e má visibilidade, procure o acostamento. Nunca circule se as condições não forem favoráveis;

No nos mares e rios são desaconselháveis as atividades de navegação de pequenas e medias embarcações. Pratica se surf e pescaria, nem pensar;

O assoreamento é um fator na origem das enchentes e inundações. Evite a acumulação em beiras de rios, arroios, sangas, valos...

 

FONTE: Defesa Civil / Centro de Operações.

 

O que é estiagem e como minimizar os danos na agricultura

 

De acordo com o Manual de Desastres elaborado pela Secretaria Nacional de Defesa Civil do Ministério da Integração, estiagens são resultado da redução das precipitações pluviométricas, do atraso dos períodos chuvosos ou da ausência de chuvas previstas para uma determinada temporada. Quando comparadas com as secas, as estiagens caracterizam-se por serem menos intensas e por ocorrerem durante períodos de tempos menores.

 

Ainda de acordo com o manual, considera-se que existe estiagem quando o início da temperatura chuvosa atrasa por prazo superior a 15 dias, ou, quando as médias de precipitações pluviométricas dos meses chuvosos alcançam limites inferiores a 60% das médias mensais de longo período. Os serviços meteorológicos têm condições de antecipar previsões de longo e médio prazo sobre as condições climáticas, mas o homem não tem condições de influenciar na redução da magnitude do fenômeno, já que este depende da dinâmica atmosférica global.

 

Desta forma, as medidas preventivas objetivam minimização dos danos e dos prejuízos econômicos e ambientais. Dentre as mais eficientes, o manual sugere duas: o manejo integrado das micro bacias e o plantio direto. As orientações são simples e fáceis de executar. Tome nota e minimize os danos de sua lavoura.

 

O manejo integrado das micro bacias é um conjunto de ações e comportamentos em relação à cultura agrícola, que visam o aumento da produtividade natural. Contribuem para isso:

 

  1. O florestamento e /ou reflorestamento de áreas de preservação ambiental, como encostas íngremes, cumeadas de morros, matas ciliares e matas de proteção a nascentes;
  2. O cultivo em harmonia com as curvas de nível e técnicas de terraceamento, permitindo que sulcos retenham a umidade, aumentem a infiltração e reduzam a erosão;
  3. O plantio de “quebra-ventos”, reduzindo a erosão eólica, a evaporação e o ressecamento do solo;
  4. A adubação orgânica, utilizando resíduos animais (esterco), restos de culturas anteriores e lixo orgânico promovem a umidificação do solo e melhoram as características físico-químicas.
  5. A utilização de cobertura morta, como palhada, casca de arroz e serragem, ou restos de culturas anteriores, diminuindo o efeito da evaporação e conservando a umidade natural do solo;
  6. Sempre que possível, roçar e não capinar. Esta atitude reduz a exposição do solo ao aquecimento e a perda da umidade;
  7. A redução do espaçamento, com culturas adensadas que reduzem a faixa de solo exposta ao sol, ao concentrar um maior número de plantas de área;
  8. A utilização de culturas intercalares, plantando leguminosas, como feijão e soja, entre fileiras de milho e cana, por exemplo, permitindo o sombreamento pelas gramíneas, reduzindo assim a evapotranspiração.
  9. A rotação de culturas, que ao manter o solo permanentemente coberto, reduz a erosão e favorece a infiltração e a alimentação do freático.

 

FONTE: Assessoria de Imprensa da Defesa Civil do RS.

 

Plantio direto: uma medida que diminui a evaporação da umidade do solo

 

O plantio direto é uma técnica que surgiu na década de 60 na Inglaterra e que em 1970 foi adotada por agricultores dos Estados Unidos. No Brasil, ela foi disseminada primeiro nos estados do Sul, e em 1990 já existiam 1 milhão de hectares plantados a partir deste sistema. De acordo com a Secretaria Nacional de Defesa Civil, o plantio direto reduz em 30% a perda de umidade do solo e o consumo de água para irrigação e ainda, em 60% a perda do solo por erosão.

 

Por natureza, o plantio direto diminui a erosão, a evaporação e, de forma drástica, o processo de compactação do solo. Além disso, recupera a textura do solo, mantem o solo úmido e reduz o consumo de fertilizantes. A rotação correta das colheitas também é importante, pois impede a especialização de pragas e permite que leguminosas fixem nitrogênio para o ciclo de plantação de cereais. Resumidamente, as fases do plantio direto consistem em:

 

  • Na colheita: é picada e espalhada no terreno;

  • Na época de cultivo: qualquer vegetação que tenha brotado é roçada e não capinada, ou destruída por herbicida de contato;

  • Ao se plantar, cada passo deve se seguido:

 

  1. Passagem de rolo compactador – que acama a palha- seguido, no mesmo trem, por rolo-faca- que corta a palha em fragmentos;
  2. Passagem de sulcador – que envolve o solo na profundidade de 5 a 10 cm- apenas nas linhas de semeadura, seguido no mesmo trem, por semeador- que lança a semente- mistura o fertilizante e fecha o sulco.

 

  • Nos intervalos das colheitas, a pouca vegetação que consegue romper a palhada deve ser roçada e não capinada, ou destruída por herbicida de contato.

 

FONTE: Assessoria de Imprensa da Defesa Civil do RS.